sábado, 1 de dezembro de 2012

21 Jump Street, 21h Sair com Amigo, 21 o Fim do Mundo, 21 Wedding Day, 21 Happy Birthday ou Aluguel de Apê de 2.000,00/1.000,00?







Insatisfeita, descoordenada, incapaz, irritada, fugaz. 
Fecho os olhos e só ouço o forró eletrônico la fora. 
Sin City, durmo. 
Tarantino, beijos, te amo.

Acordada às 10h, depois de dormir às 6h. Saí do meu sono, meu sonho ou a casa do cacete que for. O telefone tocando incessantemente e eu querendo fugir da cama, quebrar esse aparelho tecnologicamente irritante. Era um amigo me perguntando o que eu vou fazer hoje. Disse, por enquanto, nada. Ah, mas vamos dar uma volta às 21h, beber umas cervejas? Não to bebendo. Mas pra ele não tem problema se eu to descansando porque tenho que trabalhar, se eu parei de beber  porque eu quis ou porque eu precisei ou se minha roupa tá toda suja porque to sem máquina de lavar. Pra ele tá tudo certo, ele tá com a vida ganha. Gente fina é outra rica. Disse, vou pensar,  vou ver se dá. E desliguei.


Despertei. Acordei , rapidinho. Filho da puta.

Assim, entre larvas e miasmas.

Parecia.
Não podia. Mas parecia. Parecia que eu andava em nuvens e as nuvens tinham confetes que grudavam nos meus pés. Fui direto pro banheiro, fazer o meu belo xixi matinal e, quando me dei conta, já era tarde. O xixi foi pra cima da tampa do vaso. E vá se virar pra limpar! E se limpar. E limpar o meu próprio líquido excrementício segregado pelos rins e contido pela bexiga, que foi solto em cima da tampa do vaso. Em cima. E veio de baixo. Foi assim que começou meu dia.

Sábados são dias chatos quando não se tá bebendo.

E o note morto ao meu lado.

Bateu saudade da infância. Fui ver “Anjos da Lei”.  Ah, como era muito mais bonito e sincero o Jonnhy Deep naquela época. Ele, hoje, tem cara de que se amarra na pogonofilia. Que cool.
Em inglês: 21 JumpStreet.
Sobre Anjos da Lei: nem sei porque adaptaram essa porcaria de filme.
O episódio terminou e fui eu pro maldito Facebook.

Dia 21 de dezembro é aniversário de uma querida amiga e o casamento – as pessoas ainda fazem isso - de outra (2 e-convites). Pensei, que coisa mais chata. Não vou a nenhum dos dois, apesar de amar as duas. Mas os meus casamentos foram escarrados fracassos. E meus filhos pagam o pato até hoje. Confesso, até acredito, mas não vou. Justamente pra derrubar as minhas esperanças e esse romantismo de comédia americana, Woody, também te amo. E o aniversário é em Alem Acre, peloamordedeus. Pelo menos, Mari, me paga a passagem aérea.
Sobre o casamento: Prezados senhores, eu me separei do último marido faz tempo. Tô sozinha e feliz. Mais ainda. Confesso que tenho prazo de validade e que acho as pessoas terrivelmente chatas e inexpressivas depois de um tempo. Principalmente, quando se trata de conviver e dividir a merda da mesma cama com peidos e arrotos, pontapés e mau hálito e, principalmente, indelicadezas outras, que não vem ao caso.
Você pára sua vida pra casar. Tem que arrumar casa, mobiliar com aquelas coisas escrotas que todo mundo acha bonito, compra daqui, gasta de lá. Um verdadeiro inferno na terra sem lei. Na terra onde os impostos ultrapassam a dor de dar o cu, a dor do parto ou a dor nos rins.
Faz a festa, gasta a fortuna dos seus sonhos, convida um monte de gente mal educada que come e bebe sem parar. Uns monstros terráqueos.
Vai se foder. 

Gasta seu tempo e sua paciência com gente que quer mãe, não mulher.
Aí vem um fiodiumaégua anunciar um quarto, eu disse UM QUARTO, no Facebook, por R$2.000,00. Ele tá em que mundo? E o anúncio:
!!!! PROCURO !!!!
2 pessoas. pode ser, também, para uma. de bons costumes, tranquila e que saiba se relacionar bem com todos. apesar de morar sozinha (isso quer dizer sendo uma!) isso é importante, pessoa sem vícios, que estude e trabalhe. Um ou dois, tenho preferência por pessoa que goste de um lugar sossegado e silencioso, sem cachorro, gato, peixinho ou papagaio, outros perfis de pessoas também me interessam, senhora, rapaz, garota, estudantes ou não, o importante é não passar muito tempo em casa, em fim, procuro pessoa(as) decente(s) para dividir apartamento, alugo um quarto, para duas pessoas, que pode ser uma, como disse anteriromente, no Flamengo, lugar, tranquilo, legal, ambiente familiar, arejado, farta condução, tenho por costume andar de bicicleta aos finais de semana e assistir filmes a noite, tenho carro que também posso alugar, assim como a bicicleta ou os filmes, TV, internet, máquina de lavar, microondas, cozinha e lavanderia equipada, que podemos combinar o valor para você usufruir de tudo sem problemas, conheço muito bem o bairro, também trabalho como guia turístico, você também pode contratar meus serviços, sou uma pessoa de convivência pacífica, não gosto que mexam nas minhas coisas, nem que as tirem do lugar, não sou exigente, nem perfeccionista, apenas pequenos detalhes me enfurecem, também não suporto fios de cabelo pelo chão, meu piso é branco, em suma, preenchendo todos os requisitos entre em contato.

valor da vaga R$1000
caso fique no quarto sozinho(a) R$2000”
[TENTEI CONSERTAR UM POUCO DA GRAMÁTICA, MAS PERDI A PACIÊNCIA LOGO NO INÍCIO.]
O exagerado  jura, de pés juntos, que só quer uma pessoa de fácil convívio. Peraí, rapaz: fácil convício é uma coisa, querer morar com uma múmia estudante, trabalhadora e rica é outra, meu bem. Presta atenção. Com essa grana alugo um apê em Santa – que faz muito mais minha cabeça – e ainda sobra uma merreca boa pra torrar com cerveja o resto do mês,  sem ter ninguém no quarto ao lado quando eu chegar de pileque, sacou? Babaca. E ainda pago o taxi pra não andar nem no seu carro e, muito menos, na sua bike. E o mentiroso diz que trabalha na Rede Bobo. Desde quando ator da globo (eu nunca o vi) vai alugar vaga em quarto?
Errante, viajante.

Irritante.

Quero mesmo que o mundo se exploda dia 21. Bem no dia 21. E que toda a face da terra se reduza ao simples e fino pó. Não esse pó que faz maluco bater palmas. Pó, poeira, brilho no olhar quando você ver e for pra onde tiver que ir. Lágrima. Vai ser tipo usar uma puta duma droga. Tipo poppers; você explode, vai lá no céu, no éun, éun, éun, éun, éun. E cai, exatamente onde estava, mas sem ver e perceber nada, mais nada.

Você percebe?








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