pediram pra que eu voltasse a atender o telefone. a caixa de mensagens anda lotada. a minha doença não diz nada. mas eu digo que não tenho essa vontade, nem quero ter. o quarto escuro me diz mais do que qualquer outra voz ôca.
não me peça mais uma vez. talvez, um dia, eu volte a abrir a porta. não bata com tanta força. não esmurre. não faça suas mãos sangrarem à toa.
já faz tempo eu vi aquela agulha e a linha cirúrgiacas, ali, por perto do hall de entrada, pensei que um dia fossem derreter. não imaginei que seriam usadas por alguém que tentasse me
atormentar. bem feito. pelo menos, isso.
só quando quero não preciso agradar nem desagradar. apenas, cumprir com minhas responsabilidades.
não quero, mas quero lhe contar que me envolvi com o mecânico. borracheiro. com sua bolinha em cada fim de linha. seus jeans clichês e assobios sombrios, como num filme nacional com lançamento tardio.
pornochanchadas.
e seu cheiro de graxa. sua sujeira. seus sapatos bicolores de bico fino bem lustrados compensam suas unhas sujas. tendo ou não máquina de refrigenrantes por perto, pra gente se refrescar. faço parte das suas tramas e camas. as estradas estreitas ou largas por onde passa e ganha sua miséria consertando os caminhões de motoristas hipocondríacos e cheios de rebites na lata. lataria que conhece cada buraco. cada marca no asfalto, mesmo que usem o piche pra
reconstruir. quatro bolinhas dizem mais do que qualquer psiquiatra com
conta recheada e super carro com tração nas quatro rodas. por isso
comprei um vestido. modelo tipo anos 40. só pra homenagear.
domingo, 20 de dezembro de 2009
sexta-feira, 1 de maio de 2009
About Me
ex-junkie/punk-sempre. moicano e tudo mais que tive direito.
branca-de-neve na pele, e negra no coração, na alma, nos pés e no jogo de cintura. molejo dos bons! papo de anarquista-flamenguista-chata que gosta de contos infantis e afins. saca?
mãe-mãe-mãe-louca, agora. loucura na dose certa. vodca com água de coco. a água, separo para as minhas crianças, com amor.
e com sorriso estampado, posso fazer cócegas e pipoca pra elas, e pra você.
mas também posso misturar remedinhos na hora de te servir, e no ápice da sua onda, te ensinar a dançar o break voador. vacila?!
ex-coordenadora do MTST. meti bala no reitor da Uerj, resistência. fui presa, 8 semanas na 23ª DP. concebi meu primeiro filho no xadrez, em cima do tabuleiro que servia a quentinha da massaroca-macarrão (quer a receita?), entre moscas e cheiro de mijo. ninfomaníaca assumida, não consegui aguentar, não. foi com o carcereiro, porco. meus objetos pessoais - e sexuais - foram confiscados, então, nada de camisinha. mas sou limpinha, juro. aparo os pentelhos toda semana e faço até as unhas do pé.
é, os outros filhos não lembro onde foram gerados. gosto de procriar, criar sangue do sangue. vaidade, tesão ou sintoma de mutação?... acho que me transformei numa coelha, alucinada por chocolate, especialmente ovos de páscoa.
fodo garotas na data do nascimento de cristo, entre os ovos e pirulitos - ritual. elas até que dão pro gasto, mas não são a minha praia. gosto de ipanema - posto 9, e itacoatiara, com meninos e seus tanquinhos; só pra lamber no bananal. lavar roupa suja, ah, não. deixo isso pra você. e me diga que não? bin laden é meu amigo, sério. pergunta pra lucy.
amo cachoeira. vazia, nada de sana cheio. do sanatório guardo boas lembranças; desfile de moda-pijama, camisa de força, e esquizofrênicas pulando alucinadas com super-dosagem de diazepan e magic mushrooms.
buraco na areia, vento e pôr-do-sol em itaipu são o que há.
há insegurança, descontrole, transtorno bipolar e bissexualidade (quando tô afim).
to tentando melhorar...
faço psicanálise on-line. psicanalista nova.
foda, dei cabo no último psicanalista que tive. motivo: não acreditou na história do reitor, nem na minha obsessão por um cara que conheci na internet. teimava em dizer que eu não era louca. (in)felizmente, tive que provar por a + b que me faltam alguns parafusos, que nana é doida varrida.
varri o cara, acertei a testa, péssima mira - queria ter acertado o coração, que já era fodido, morte certa – mesmo assim morreu. depois enfiei o cabo da vassoura no rabo dele e girei. não poderia deixar de realizar seu último desejo.
branca-de-neve na pele, e negra no coração, na alma, nos pés e no jogo de cintura. molejo dos bons! papo de anarquista-flamenguista-chata que gosta de contos infantis e afins. saca?
mãe-mãe-mãe-louca, agora. loucura na dose certa. vodca com água de coco. a água, separo para as minhas crianças, com amor.
e com sorriso estampado, posso fazer cócegas e pipoca pra elas, e pra você.
mas também posso misturar remedinhos na hora de te servir, e no ápice da sua onda, te ensinar a dançar o break voador. vacila?!
ex-coordenadora do MTST. meti bala no reitor da Uerj, resistência. fui presa, 8 semanas na 23ª DP. concebi meu primeiro filho no xadrez, em cima do tabuleiro que servia a quentinha da massaroca-macarrão (quer a receita?), entre moscas e cheiro de mijo. ninfomaníaca assumida, não consegui aguentar, não. foi com o carcereiro, porco. meus objetos pessoais - e sexuais - foram confiscados, então, nada de camisinha. mas sou limpinha, juro. aparo os pentelhos toda semana e faço até as unhas do pé.
é, os outros filhos não lembro onde foram gerados. gosto de procriar, criar sangue do sangue. vaidade, tesão ou sintoma de mutação?... acho que me transformei numa coelha, alucinada por chocolate, especialmente ovos de páscoa.
fodo garotas na data do nascimento de cristo, entre os ovos e pirulitos - ritual. elas até que dão pro gasto, mas não são a minha praia. gosto de ipanema - posto 9, e itacoatiara, com meninos e seus tanquinhos; só pra lamber no bananal. lavar roupa suja, ah, não. deixo isso pra você. e me diga que não? bin laden é meu amigo, sério. pergunta pra lucy.
amo cachoeira. vazia, nada de sana cheio. do sanatório guardo boas lembranças; desfile de moda-pijama, camisa de força, e esquizofrênicas pulando alucinadas com super-dosagem de diazepan e magic mushrooms.
buraco na areia, vento e pôr-do-sol em itaipu são o que há.
há insegurança, descontrole, transtorno bipolar e bissexualidade (quando tô afim).
to tentando melhorar...
faço psicanálise on-line. psicanalista nova.
foda, dei cabo no último psicanalista que tive. motivo: não acreditou na história do reitor, nem na minha obsessão por um cara que conheci na internet. teimava em dizer que eu não era louca. (in)felizmente, tive que provar por a + b que me faltam alguns parafusos, que nana é doida varrida.
varri o cara, acertei a testa, péssima mira - queria ter acertado o coração, que já era fodido, morte certa – mesmo assim morreu. depois enfiei o cabo da vassoura no rabo dele e girei. não poderia deixar de realizar seu último desejo.
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